São exatamente: 14:43, acabei de arrumar a casa. Até as paredes do banheiro eu lavei. Sábado eu estava sem energia, muito cansada, na segunda amanheço com as baterias carregadas.
   Não fui para  academia de manhã, para ir ao dentista, Nossa! Passei a manhã inteira esperando, só não foi pior porque levei um livro para ler.
    Quando cheguei em casa, minha irmã estava furiosa, porque deixei cair café no açúcar sem querer, mas consegui separar em outro pote, para fazer o café. Na verdade a fúria dela, é porque ela chegou ás 10:00 em casa, era para ter chegado ás 8:00, não conseguiu dormir, e logo se levantou para fazer almoço, eu cheguei 12:00 da dentista. Ela estava de mal humor e procura motivo para brigar. Eu cheguei cansada, anestesiada, e ainda tenho que encarar essa carne de pescoço. Se eu tivesse para onde ir, sumia hoje mesmo.
     Amanhã vou ver se vou ao médico, estou adiando a muito tempo a ida, é que ir ao médico não é uma tarefa simples para mim, como é para a maioria das pessoas. Tenho trauma, dos meus treze anos para trás eu ficava internada todo ano. Sou muito sensível. Até meningite eu já tive, enfiaram uma agulha enorme na minha coluna, para tirar o liquido para fazer exames,  doeu muito. Mas de todas as dores, a pior, foi o dia que cortei o pé no raio da bicicleta do meu tio, eu tinha quatro anos, minha avó jogou pinga no corte, eu rolei na terra de dor. Tenho uma cicatriz bem pequena nos lábios, foi um acidente, perdi tanto sangue, que adormeci, não ouvia nada. Já caí de cima do muro da casa minha avó, com a mão dentro da lada de sardinha, e cortou o pulso, até hoje tenho a cicatriz. Eu tinha três anos. Bom, tenho que ir, até amanhã.